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Se houver guerra, os EUA "combaterão com toda a força", diz Bush

O presidente norte-americano, George W. Bush, prometeu combater o Iraque com “toda a força” e vencer o regime de Bagdá em seu discurso anual ao Congresso norte-americano, iniciado pouco depois da meia-noite (horário de Brasília), com duração de cerca de uma hora.

“Um futuro vivido à mercê de terríveis ameaças não é paz de maneira alguma. Se a guerra nos for imposta, combateremos em uma causa justa e através de meios justos poupando, de todas as formas que pudermos, os inocentes. E se a guerra nos for imposta, combateremos com toda a força e poder do Exército dos Estados Unidos_ e venceremos”, afirmou Bush.

Ele disse que o mundo não pode esperar uma ameaça maior para desarmar o líder iraquiano Saddam Hussein.

“Alguns dizem que nós não devemos atuar até que a ameaça seja iminente (…). “Desde quando há terroristas e tiranos anunciando suas intenções e nos surpreendendo? Se queremos que esta ameaça se torne real e de forma rápida, todas as ações, todas as palavras, todas as recriminações não devem tardar”, disse.

“Confiar na razão e na reserva de Saddam Hussein não é uma boa opção”, acrescentou.

Bush advertiu que Saddam, ao não obedecer o ultimato de desarmamento das Nações Unidas, “desperdiçou sua última chance de evitar a guerra”.

Ele disse também que pedirá uma reunião do Conselho de Segurança para o próximo dia 5, durante a qual seu secretário de Estado, Colin Powell, apresentará provas sobre o programa de armas de destruição em massa do Iraque.

“Os Estados Unidos pedirão ao Conselho de Segurança uma reunião para 5 de fevereiro para analisar a maneira como o Iraque continua desafiando o mundo”, declarou Bush em seu discurso.

“O ditador do Iraque não está se desarmando. Ao contrário, ele está enganando”, afirmou.

Bush disse que os EUA devem depor os regimes que possuem armas de destruição em massa.

“Hoje, o perigo mais grave na guerra ao terror… o perigo mais grave que a América e o mundo enfrentam … é depor regimes que buscam e possuem armas nucleares, químicas e biológicas. Estes regimes poderiam usar tais armas para chantagem, terror e assassinato em massa. Poderiam também dar ou vender essas armas para seus aliados terroristas, que as usariam sem a mínima hesitação”, destacou o presidente.

Bush também pediu ao Congresso a aprovação do orçamento de US$ 6 bilhões para lutar contra o bioterrorismo.

“O orçamento que lhes envio propõe cerca de US$ 6 bilhões para a rápida produção de vacinas e os tratamentos contra agentes como o antraz, o botulismo, entre outros”, declarou Bush.

“Devemos levar em conta que nossos inimigos podem usar suas doenças como armas, e nós devemos atuar antes que estes perigos nos afetem”, afirmou.

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