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Salvador tem menor preço da cesta básica entre as capitais

Levantamento do Dieese aponta que preços de 12 itens básicos caíram a R$ 134 em julho. Com queda de 1,99% em julho, a cesta básica em Salvador é a mais barata entre as capitais brasileiras. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as despesas com os 12 produtos essenciais à alimentação somaram R$134,23, contra R$136,95 do mês anterior. A cesta em Aracaju foi a que mais se aproximou à da capital baiana, ficando em R$ 139,92.

Ainda no Nordeste, em Recife, o custo chegou a R$ 143,40. Já São Paulo apresentou o mais alto preço da cesta básica: R$ 178,22, valor 32% superior à registrada em Salvador, que, no acumulado dos últimos 12 meses, registrou uma redução de 1,29%.

Os principais causadores da diminuição do preço da cesta foram a banana, o tomate e o arroz. A maior queda foi da banana (-10,19%). O tomate teve uma redução média de 7,19% no preço, confirmando o declínio apresentado em junho.

A boa safra de arroz contribuiu para a redução de 1,42% no custo. Além desses três produtos, o óleo de soja (-4,78%), o açúcar (-2,54%), a carne bovina (-0,92%) e o pão francês (-0,26%) também apresentaram diminuição do valor. Já o leite (2,84%), feijão (1,63%), café (1,31%) e a manteiga (1,11%) tiveram elevação, enquanto que a farinha de mandioca manteve o mesmo preço.

Para a economista do Dieese, Ana Georgina Dias, a tendência é que o preço da cesta básica se estabilize nos próximos dois meses. “A diversificada produção agrícola baiana contribui para o menor custo da cesta básica no estado”, comenta. Com a queda de preço dos alimentos, o poder de compra do salário mínimo aumentou para os baianos.

Quem ganha essa quantia na capital baiana passou a comprometer 48,45% do rendimento líquido, que é de R$277,05, descontada a contribuição previdenciária. Em junho, este percentual era de 49,43%. “O trabalhador baiano precisou de menos duas horas de trabalho em julho para adquirir a cesta básica”.

Das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese, 15 apresentaram redução no valor dos gêneros alimentícios de primeira necessidade. As mais significativas ocorreram em Aracaju (-5,07%), Brasília (-4,55%) e Porto Alegre (-4,01%).