Mercado

Salto da indústria goiana

Em dez anos, Goiás teve um salto em número de indústrias e empregos gerados pelo setor. De 6.732 estabelecimentos em 1996, passou para 13.061 empreendimentos de atividades industriais em 2006, segundo dados do IBGE elaborados pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás – Fieg/Dec. Crescimento que reflete em novos postos de trabalho, que passaram de 108.669, em 1996, para 201.859, há dois anos.

Na liderança do número de estabelecimentos e empregos está a indústria de alimentos, bebidas e álcool etílico. A expansão do setor fez aumentar também sua participação no PIB goiano, que em 2005 foi de 25,97%, contra 23,90% em 2002, segundo dados da Seplan/Sepin, trabalhados pelo Dec/Fieg. A industrialização também está presente na maior parte dos principais produtos de exportação do Estado.

Indústrias de alimentação, bebidas e álcool etílico, juntas, somavam 1.470 estabelecimentos e geravam 32.276 postos de emprego em 1996. Em 2006, saltou para 2.360 o número de estabelecimentos desse segmento e para 71.608 o de empregos. A indústria mecânica, que era a segunda menor do setor em 1996, com 74 estabelecimentos, passou à frente do segmento de indústria de calçados e material de transporte em número de estabelecimentos em 2006, indo para 249 unidades no Estado, gerando 2.550 empregos.

Incentivo

Quem não está surpreso com o crescimento industrial que Goiás tem vivido é o secretário estadual da Indústria e Comércio (SIC), Ridoval Chiareloto. “Deve-se à atuação da SIC.” Nos últimos cinco anos, fizeram 128 viagens fora do Estado, mostrando o potencial de Goiás e os incentivos oferecidos. No mesmo período, Chiareloto diz ter atendido mais de cinco mil empresários. A condição de logística do Estado, aliada aos incentivos e facilidade de negociação com o governo, são fatores apontados como outros atrativos de Goiás para a instalação dos novos empreendimentos.

O Fomentar, criado em 1985, recebeu, em 16 anos, 640 projetos, enquanto o Produzir, de 1999 até hoje, 1.360 projetos. Deste total, apenas 400 estão implantados, e a expectativa do secretário é que nos próximos anos os outros se consolidem. “A grande arrancada de Goiás vai ser de 2010 a 2015, quando deve-se implantar o que já está projetado. Até 2012, o setor industrial deve duplicar o PIB goiano”, ressalta. Os projetos aprovados nos últimos oito anos representam um investimento de R$ 22 bilhões.