A Cocal divulgou os resultados do primeiro trimestre da safra 2025/26 (abril a junho de 2025). Segundo a companhia, o desempenho foi afetado por condições climáticas adversas. Nesse período a usina processou 2,7 milhões de toneladas de cana, volume 16,7% inferior ao registrado no mesmo período da safra anterior.
O EBITDA Ajustado somou R$ 350,2 milhões, com margem de 49%, enquanto o lucro líquido foi de R$ 14,9 milhões, queda de 80% em relação ao 1T25. A receita líquida atingiu R$ 714 milhões, 9,6% menor no comparativo anual.
Mix açucareiro
Entre os produtos, o açúcar seguiu como prioridade no mix, representando 65% da produção. Mas também registrou queda de 18,8% na receita líquida, totalizando R$ 471,9 milhões. Já o etanol anidro se destacou positivamente. Obteve alta de 32,4% na receita, atingindo R$ 143,3 milhões, resultado do aumento simultâneo de preço e volume comercializado. As vendas de energia elétrica também cresceram em faturamento, com alta de 25,9%, apesar da redução no volume exportado.
Menor produtividade agrícola
O trimestre foi marcado por redução da produtividade agrícola (TCH -5,2%) e do ATR cana (-2,6%), reflexo das chuvas abaixo da média histórica na entressafra e da dificuldade de aproveitamento do tempo de moagem entre abril e junho.
Avanço no biogás
Para mitigar os impactos, a Cocal intensificou ações de eficiência e manteve o plano de investimentos. O Capex do período foi de R$ 371,6 milhões, 16,7% superior ao do 1T25, com destaque para a renovação de canaviais e o avanço no Projeto Biogás em Paraguaçu Paulista (SP).
2025/26 com moagem entre 7,8 e 8,6 milhões
Apesar do início desafiador, a Cocal manteve seu guidance para a safra 2025/26, estimando moagem entre 7,8 e 8,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A companhia projeta ainda ATR cana entre 133,3 e 135,1 kg/t e produção total de ATR entre 1,055 e 1,185 milhão de toneladas, próximos ao realizado na safra passada.
Segundo a companhia, a recuperação dos canaviais deve ocorrer com o avanço da colheita e o efeito positivo das chuvas registradas no início da safra, que favorecem a formação da matéria-prima para os próximos meses