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Safra é pessimista, mas realista, diz representante do setor

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No começo do debate da 1ª Reunião Canaplan: “Perspectivas da safra 2012/12 do Centro-Sul” com os especialistas de usinas, Luiz Carlos Carvalho, o Caio, diretor da consultoria lançou uma pergunta: Estamos pessimistas com esse cenário de 470 milhões de toneladas, ou otimistas, de acordo com a situação de cada região? E a resposta foi quase que unânime pois o quadro de produção de diversas regiões do Centro-Sul é praticamente o mesmo, de estiagem, quebra de produtividade e redução de volume de matéria-prima.

O diretor de produção da Raízen, Cassio Paggiaro, diz que os 470 milhões de toneladas previstas pela Canaplan são pessimistas, mas não deixa de ser realista ao cenário atual devido o clima. “Março e abril foi muito complicado com déficit hídrico. Estamos dependentes do clima e não há como mudar esse cenário. Estamos saindo do fenômeno La Niña e entrando na neutralidade para outono e inverno, que representa pouca chuva e não há o fazer”, lembra.

Mário Gandini, diretor agroindustrial da Usina São Martinho, diz concordar com Caio, e explica que cada dia sem chuva representa uma piora no canavial e a perda de produtividade é certa, apesar de algumas chuvas poderem aliviar um pouco a situação. “Já perdemos os meses de fevereiro, março e abril, fundamentais para o crescimento da cana. Teremos pouca cana e se tivermos um típico inverno seco no final de safra, deveremos colher rapidamente o canavial. Acho que o final de safra vai assustar”, lembra.