As usinas do Nordeste encerraram a safra 2004/05 com exportações recordes de álcool. Os embarques devem ficar em 650 milhões de litros, o que representa uma aumento do volume dos negócios em relação ao ciclo anterior, segundo Renato Cunha, presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Pernambuco — Sindaçúcar-PE. A expectativa é que as usinas nordestinas mantenham seu perfil exportador na próxima safra, porém com uma queda no volume para aproximadamente 580 milhões de litros. Renato Cunha avalia que a redução deverá ocorrer em função da redução da taxa de câmbio, o que dificultará os embarques do produto.
A safra do Nordeste, que terminou em abril, deve ficar com 57,1 milhões de toneladas, produção abaixo da expectativa anterior, que era de 63 milhões. Na safra 2003/04, a colheita ficou em 60,1 milhões de toneladas, o que significa quebra de 5%, de acordo com levantamento do Sindaçúcar-PE. A produção de açúcar na região fechou em 4,54 milhões de toneladas. E a do álcool em 1,79 bilhão, 4,6% acima de 2003/04. Renato Cunha acredita que as usinas devem atrasar o início da safra 2005/06 para o final de setembro, porque as condições climáticas estão prejudicando o cronograma na entressafra. O verão foi bastante seco e agora o inverno está bastante chuvoso.
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*Dados extraídos do novo Anuário da Cana – Norte/Nordeste, safra 2004/05.
