O período é de colheita da cana-de-açúcar, mas os reflexos já atingem positivamente o bolso do consumidor que tem veículo a álcool. Desde o início desta semana, os preços estão em média 10% mais baratos. A estimativa é do diretor do Sindicato do Comércio dos Revendedores de Combustíveis de Campinas e Região (Recap) Edson de Almeida. Em alguns casos a diferença entre o preço antigo e o atual tem variação mais acentuada. O litro do combustível que na segunda-feira custava R$ 1,19 passou a R$ 0,99.
Almeida afirmou que as usinas estão com o estoque carregado e as distribuidoras também fizeram a recomposição, favorecendo a cotação. “A lei da oferta e procura faz bem ao dono do posto e ao consumidor”, explicou. Entretanto ele recomenda atenção caso a oferta da concorrência esteja fora do padrão. A orientação está relacionada à adulteração, que também tem sido freqüente no álcool. A base da mistura é a água. “Ontem (anteontem) tive conhecimento que duas pessoas foram vítimas do combustível de má procedência”, contou.
A baixa nos preços devem continuar. O diretor do Recap acredita que em duas semanas as bombas de álcool apresentem valores mais convidativos. A tendência é que haja supersafra e com isso, excesso de produto estocado nas usinas. Dessa forma o interesse em repassar o álcool, para fazer a rotatividade da matéria-prima cresce. A gasolina também vai sofrer leve retração.
“O uso de 25% de álcool anidro na composição do combustível é o que provoca a baixa”, explica. Mas não há data definida para a queda nos preços da gasolina nas bombas. O álcool anidro já sofreu queda no mês de abril, segundo Almeida. Ele afirmou que o preço do litro pago aos revendedores passou de R$ 0,77460 no início do mês para R$ 0,68412 no dia 29 (abril).