A situação do Grupo João Lyra se transformou, durante os últimos dias, no principal assunto nos meios políticos e econômicos de Alagoas. Na quinta-feira, 27, a 3ª Câmara Cível anunciou a decretação de falência, medida que, como se sabe, foi suspensa por liminar na última segunda (1º). A repercussão foi imediata. Afinal, o empresário é um símbolo do setor sucroalcooleiro da economia alagoana.
Em Alagoas, o Grupo JL tem três usinas (Uruba, Laginha e Guaxuma), além de empresas em outros setores. Tem mais duas usinas em Minas Gerais. De acordo com o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas, as três usinas de João Lyra representam cerca de 10% da produção estadual e devem esmagar na safra 2012/2013 cerca de 2,5 milhões de toneladas de cana. É uma produção baixa, considerando que as empresas já chegaram a moer numa mesma safra mais de 3,5 milhões de toneladas.
A decisão do Tribunal de Justiça que suspendeu, por liminar, a falência, até julgamento do mérito, foi um alívio não só para trabalhadores e fornecedores de cana, mas também para outros empresários do setor. A recuperação do grupo, que passa por uma fase de reestruturação, pode significar também o fim de uma fase que afeta todas as empresas.