A safra de cana-de-açúcar deste ano deve ser um pouco mais estendida do que a anterior. As moagens devem ir até dezembro, enquanto que em 2011 terminaram um mês antes. O motivo são os elevados volumes de chuva do início da safra, que impediram o início da colheita. Mesmo com as usinas trabalhando firme, ainda resta muita cana para ser colhida, o que prejudica o mercado.
As usinas vão levar mais tempo para moer o material colhido no campo, o que se deve refletir positiva e negativamente no mercado mais tarde. A safra no centro-sul do Brasil, que corresponde a 90% da produção nacional, está 14% atrasada. Nessa mesma época em 2011, já haviam sido colhidos quase 300 milhões de toneladas, enquanto que neste ano o volume mal chega a 261 milhões.
A cana também está menos produtiva. O chamado ATR, o índice que mede a quantidade de açúcar na planta, está menor do que na safra passada. Até a primeira quinzena de agosto, a quantidade era de 139 kg de açúcar por tonelada, enquanto que na safra passada chegou a 143 kg.
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Segundo o representante da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) na região de Ribeirão Preto, em São Paulo, Sérgio Prado, ainda não é possível fazer alguma projeção para os resultados desta safra.
No acumulado desde o início da safra 2012/2013, a quantidade fabricada de açúcar somou 15,32 milhões de toneladas. Já o volume produzido de etanol atingiu 9,96 bilhões de litros, dos quais 6,27 bilhões de litros são de etanol hidratado, e 3,69 bilhões de litros, de etanol anidro. Em ambos os casos, a produção acumulada segue inferior aos montantes registrados no mesmo período do ano anterior em mais de 10%.
