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Safra 20/21 deverá repetir a 19/20

Estimativa é de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, durante a 2ª Reunião Canaplan, realizada em Ribeirão Preto em outubro. Confira como foi o evento A safra de cana-de-açúcar 2020/21 praticamente deverá repetir o desempenho da 19

Participantes do evento promovido pela Canaplan
Participantes do evento promovido pela Canaplan

A safra de cana-de-açúcar 2020/21 praticamente deverá repetir o desempenho da 19/20 na região Centro-Sul do País.

A estimativa é de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, presidente da consultoria Canaplan, durante apresentação na 2ª Reunião Canaplan, realizada em 15 de outubro último em Ribeirão Preto.

Segundo Caio, apenas as condições climáticas poderão alterar os rumos da 20/21.

A oferta de cana, disse, deverá ser igual a da temporada em finalização.

Conforme ele, apesar da renovação por meio de meiosi ter crescido, a área canavieira deverá cair. “Cairá em torno de 2%”, disse.

Moagem

A safra 19/20 deverá terminar com moagem entre 577,6 milhões de toneladas a 573,1 milhão de toneladas, prevê Caio. A Canaplan trabalha com dois cenários. Com moagem de 577,6 milhões de toneladas, serão produzidas 25,82 milhões de toneladas de açúcar e 30,27 bilhão de litros de etanol. E a oferta de ATR ficará em 78,55 milhões de toneladas. Já com moagem de 573,1 milhões de toneladas a produção de açúcar fica em 26,51 milhões de toneladas e a de etanol em 30,95 bilhões de litros. Já a oferta de ATR será de 79,2 milhões de toneladas.

Barril a US$ 60 ajuda o etanol

O barril de petróleo retorna o nível de US$ 60, ou pouco abaixo disso, como reflexo à volatilidade mundial.

O barril a US$ 60 “é positivo para o etanol brasileiro, e deveria ser também para o açúcar”, disse Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio.

Segundo ele, o açúcar só não é favorecido graças a Índia. “Vivemos momento diferente e há uma certa inversão”. Em sua apresentação, ele destacou que a questão da guerra comercial tem indicadores novos.

“Há possibilidade de termos, em alguns produtos e áreas, acordo entre EUA e China”, disse.

“De qualquer modo, tensões políticas hoje estão avolumadas”. E disse mais: “há a questão do Irã, que é um problema, com certa agressividade, e há as características do mundo, que ensaia potencial recessão”.  É diante tal realidade, disse que, o petróleo segue com preços voláteis.

Meiosi já representa 19% da renovação 

A meiosi já representa 19% do total de canaviais renovados em 2019.

É o que revela levantamento de institutos como o IAC.

A prática de cultivo de cana com oleaginosas como a soja soma 130 mil dos 650 mil hectares de cana renovados neste ano.

O montante de área renovada por meiosi é na região Centro-Sul do País.

A informação é de Nilceu Cardozo, da consultoria Canaplan, apresentada nesta terça-feira (15/10) durante a 2ª Reunião Canaplan, em Ribeirão Preto.

Usina deve líquidos R$ 139 por tonelada

A dívida líquida das usinas sucroenergéticas é de R$ 139 por tonelada de cana.

A informação é de Manoel Queiróz, do Rabobank, durante sua apresentação na manhã desta terça-feira (15/10) na 2ª Reunião Canaplan, em Ribeirão Preto (SP).

Segundo Queiróz, a previsão inicial do Banco era de que a dívida líquida ficaria entre R$ 137 a R$ 146 por tonelada de cana. “Não foi um ano ruim”, destacou ele, lembrando que em safras anteriores, como a 14/15, a dívida líquida chegou a R$ 182 por tonelada de cana.

Empresas diferentes

O executivo do Rabobank destacou, em sua apresentação, a diferenciação entre as empresas sucroenergéticas.

Das clientes do Banco, disse, estão divididas em quatro grupos e, entre eles, há quem possua dívida líquida entre R$ 44 a R$ 92 por tonelada de cana.

E há, também, quem possua dívida líquida entre R$ 180 a R$ 310 por tonelada de cana.

Confira a matéria na edição 310 do JornalCana – Página 30

Participantes do evento promovido pela Canaplan