Mercado

Sabarálcool deve moer 300 mil toneladas de cana a mais na próxima safra

Com o início da safra em abril, a Usina Sabarálcool prevê uma exportação de açúcar entre 120 e 130 mil toneladas e uma produção de aproximadamente 30 milhões de litros de álcool.

Segundo a assessoria de imprensa, com preços garantidos no mercado externo, a Sabarálcool deve produzir 1,4 milhão de toneladas de cana nesta safra, aproximadamente 300 mil toneladas a mais quando comparada à última. Sendo diretamente beneficiada com a valorização do produto, a empresa ampliou a qualidade dos tratos culturais, o que deve garantir uma produtividade ainda maior. “Teremos uma produção melhor”, destaca o diretor presidente da Sabarálcool, Ricardo Albuquerque Rezende.

Rezende afirma que está satisfeito com a escolha do novo ministro da agricultura. “Estamos contentes com o novo governo, principalmente, porque o Lula escolheu bons nomes para fazer parte de sua equipe”, frisa.

O empresário está otimistas em relação a 2003, que promete ser ser promissor para o setor sucroalcooleiro, principalmente no Brasil. Com os estoques baixos em alguns países produtores de açúcar, o preço do produto pode aumentar mais, valorizando-o no mercado internacional e motivando as exportações.

Segundo a Usina Sabarálcool, em 2002 o produto teve uma alta de 100%. Se no começo do ano o preço praticado da saca de açúcar era de R$23, ele acabou fechando o ano a R$50.

O diretor presidente da Sabarálcool afirma que além da possibilidade do país poder ampliar suas exportações, não existem motivos para temer novas “turbulências” que possam vir a sacudir a economia brasileira. “A nossa produção só não será boa se tivermos um clima desfavorável”, explicou.

De acordo com Rezende outro fator que sustenta a possibilidade do preço do açúcar continuar em alta é o aumento do consumo de álcool combustível. Isso porque, com a alta da gasolina no mercado interno, o consumidor está apelando para o famoso “rabo de galo” – mistura da gasolina com o álcool – o que resulta em uma demanda maior do produto extraído a partir da cana-de-açúcar. Rezende explica que, se as usinas tiverem que produzir mais álcool para garantir os estoques no Brasil, parte da produção de açúcar será sacrificada, elevando novamente o preço do produto.

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