Mercado

Rússia sobretaxa açúcar e agrava situação do setor

A queda de preços atinge todo o setor sucroalcooleiro nacional. Mas em Alagoas o impacto é maior. Isso porque o Estado destina, tradicionalmente, mais da metade de sua produção ao mercado externo. Até aí tudo bem. Os preços internacionais estão ruins para todos. A pressão mais forte sobre o produto alagoano, no entanto, decorre de uma particularidade: a sobretaxa à importação de açúcar pela Rússia.

“Infelizmente, 73% do açúcar demerara de Alagoas é negociado com o mercado russo. Com essa medida, nossas dificuldades comerciais aumentaram”, explica o presidente da CRPAAA.

A alternativa, segundo João Tenório será a diversificação. “A partir da próxima safra devemos exportar, também, o açúcar VHT (um pouco mais claro que o demerara), o que deve ampliar nossos mercados e contribuir para melhorar os preços”, aponta.

As usinas alagoanas já estariam prontas para a produção do açúcar VHT. O problema agora é operacional. “Nosso terminal no porto não permite estocar a granel dois tipos de açúcar. Por isso, só devemos iniciar as exportações de VHP na safra 04/05”, afirma.