A Braskem, braço da área química e petroquímica do grupo Odebrecht, prevê reforçar sua posição comercial na cidade de Roterdã, na Holanda. Com a abertura de um escritório de representação comercial na cidade que abriga o maior porto da Europa, a Braskem espera tornar o espaço como uma espécie de vaso comunicante da companhia para os países da União Européia. O anúncio oficial será feito pela empresa hoje. Davilym Dourado/Valor Ivo Opstelten, prefeito da cidade holandesa de Roterdã: investimentos de 3 bilhões de euros na infra-estrutura portuária Em entrevista ao Valor, o prefeito da cidade de Roterdã, Ivo Opstelten, que está no Brasil desde sábado em uma missão comercial, disse que quer atrair as companhias exportadoras brasileiras para utilizar a infra-estrutura do porto de Roterdã. As exportações da Braskem para a Europa representaram 27% dos seus embarques ao exterior no segundo trimestre deste ano, que somaram US$ 348 milhões. Trata-se do terceiro escritório de representação da companhia no exterior, depois dos Estados Unidos e Argentina, e faz parte da estratégia da petroquímica de operar diretamente com os grandes clientes. A fabricante de resinas plásticas e outros itens tem planos de abrir também um escritório na Ásia. Estuda-se a China ou outro país da região. A brasileira Cutrale, a maior exportadora de suco de laranja do mundo, já possui um escritório comercial em Roterdã, segundo Gerrit J. van Tongeren, vice-presidente executivo do porto de Roterdã. A tendência é de que outras empresas brasileiras passem a fazer investimentos nessa mesma linha, sobretudo as companhias de álcool, que estão interessadas em escoar o combustível para a Europa. “Temos condições de oferecer toda infra-estrutura em nossos terminais, desde armazenagem até distribuição de produtos”, afirmou Opstelten. “Estamos fazendo um investimento da ordem de 3 bilhões de euros para aumentar a capacidade do porto”, informou Opstelten. Segundo ele, o porto já faz aportes de 250 milhões de euros anuais nas estruturas portuárias existentes. Esses pesados investimentos são para aumentar em 25% a área total do porto, dos atuais 5 mil hectares para 6 mil hectares, e as obras estão concentradas na região do mar norte. Os terminais que serão construídos nesta área são para recepcionar, sobretudo, produtos químicos e contêineres. O movimento anual do porto holandês é de 350 milhões de toneladas por ano. O de Santos, o maior da América Latina, é de 70 milhões de toneladas anuais. Desde sábado no Brasil, Opstelten visitou o porto santista e desde o início da semana participa de workshops com empresários brasileiros. Ontem, participou de palestras na área de álcool e papel e celulose. Hoje, deverá participar de workshop no segmento de carnes. Opstelten embarca hoje para Roterdã, mas uma delegação do prefeito segue para o Rio de Janeiro, onde continuará a rodada de negociações com os empresários brasileiros. Para o álcool, o porto já está fazendo investimentos para aumentar a recepção do combustível. Empresas européias da área de logística como Vopak, Vitol e Caldic já desenvolvem projetos específicos para recepcionar mais álcool combustível brasileiro no porto. Atualmente, Roterdã possui estrutura para armazenar 2,5 bilhões de litros de álcool. Os futuros aportes deverão atender à nova decisão da UE, que aprovou a mistura de 5,75% de álcool na gasolina e que também incentivou o uso de biodiesel no mercado comum europeu a partir de 2010.
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Roterdã atrai Braskem e exportadoras do país
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