Em outubro, um grupo de grandes empresários da Romênia pretende visitar usinas de etanol do interior de São Paulo em busca de parcerias para levar a tecnologia brasileira de produção do biocombustível para aquele país. Segundo o chefe do escritório comercial da embaixada da Romênia no Brasil, Remus Radulescu, o projeto romeno prevê até 30% de participação brasileira. A informação foi dada durante missão comercial de romenos que esteve na última quarta-feira na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A Romênia está em processo de adesão à União Européia (UE). Para alcançar esse objetivo, o país precisa passar por uma série de adaptações exigidas pelo bloco, entre elas a redução da emissão de dióxido de carbono. Dinheiro não vai faltar. Cerca de 60 milhões de euros serão oferecidos pelo bloco para a adaptação. No entanto, uma das dificuldades que a Romênia enfrenta para reduzir suas emissões é a falta de matéria-prima para produção do biocombustível.
O interesse no Brasil vai além do biocombustível. As empresas daquele país que estiveram na ACSP na semana passada buscavam produtos brasileiros como cachaça, café, açúcar, calçados e materiais de construção. “Nessas missões comerciais, a ACSP é um pólo indutor de negócios entre empresários brasileiros e estrangeiros”, afirmou o vice-presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves.