Mercado

Rodrigues: não haverá impacto

Governo e iniciativa priva-da admitem que a eliminação da tarifa de importação do álcool não reduzirá os preços. Não vai haver nenhum impacto, até porque não há país capaz de exportar álcool para atender à demanda do Brasil, admitiu o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, antes do início da reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que aprovou a medida.

O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Ricardo Severo, chegou a classificar a medida de adolescente. Ninguém tem escala para vender álcool ao Brasil, reforçou.

Segundo o técnico da CNA, a oferta mundial de álcool foi de 38,74 bilhões de litros em 2005, mesmo nível da demanda. O Brasil tem sido o grande fornecedor mundial de álcool. Só se os importadores comprarem álcool do Brasil e reexportarem o produto para nós, ironizou Severo. A medida é inócua. O Brasil produziu 17,4 bilhões de litros de álcool em 2005, segundo a CNA. A produção dos EUA foi de 13,25 bilhões de litros e chegará a 16 bilhões de litros em 2006. Mas consomem tudo. A União Européia produziu 3,79 bilhões de litros e outros países, 3,41 bilhões.