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Rio Grande do Sul pode ganhar uma câmara setorial para a cana

Desenvolver o agronegócio no setor de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul. Essa é a intenção das seis entidades que entregam hoje à coordenação das Câmaras Setoriais da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento um protocolo pelo qual solicitam a criação da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar no estado.

Segundo o coordenador das câmaras setoriais do Rio Grande do Sul, Wilson Schmitt, a idéia da criação da câmara setorial, de abrangência estadual, tem o objetivo de constituir um fórum permanente de articulação e desenvolvimento de políticas específicas para organizar o segmento. “Este é um setor com um grande potencial de crescimento, mas não existe um espaço para discutir os gargalos e as potencialidades que possui”.

Schmitt diz que um diagnóstico levantado por diversas entidades ligadas ao setor mostram que o estado produz aproximadamente 15 mil litros de cachaça por ano, possui cerca de 4 mil agroindústrias e uma área cultivada de cana estimada em 8 mil hectares. “Apesar dos números, o diagnóstico mostra que cerca de 95% dessas empresas trabalham na informalidade por serem familiares. A intenção da câmara é incentivar a formalização dessas empresas, para assim incentivar o crescimento e o desenvolvimento”. Além do mercado de cachaça, o Rio Grande do Sul conta também com a produção de rapadura, melado e açúcar mascavo.

O Sebrae não soube informar a quantidade de cachaça embarcada pelo Rio

Grande do Sul, mas ela já chega até mesmo em países da Europa como

Alemanha, Itália, Inglaterra, além de algumas regiões da América Central.

Segundo o coordenador de câmaras setoriais do Estado, o estado cria esses espaços de discussão por decreto, a partir de pré-requisitos como a existência de uma cadeia organizada, representatividade da organização em âmbito estadual e regional, diagnóstico da cadeia, como importância do produto para o Produto Interno Bruto (PIB) e geração de emprego e renda. “Caso todos esses requisitos sejam mostrados, como acho que serão, provavelmente até o início do próximo ano, a câmara estará em funcionamento”.

A comissão que fará a entrega do documento solicitando a criação da câmara é formada por membros da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Associação dos Produtores de Cana-de-açúcar do Rio Grande do Sul (Aprodecana), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).