A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (COAGRO) e a ZEG Biogás assinaram um contrato para a construção da primeira planta de biometano do norte fluminense, que também será a primeira do estado a produzir o combustível renovável a partir de resíduos agroindustriais. O prazo de implantação da biorrefinaria será de 18 meses, e a previsão é que a planta comece a comercializar o produto aos clientes já no início de 2026.
A biorrefinaria resultante da parceria terá capacidade inicial de produção de 3,7 milhões de m³ anuais, com a implantação prevista para começar já em outubro de 2024. Com um investimento aproximado de R$ 60 milhões a ser realizado pela ZEG Biogás, a usina será a primeira do estado do Rio de Janeiro a produzir Biometano a partir da vinhaça, subproduto da produção do etanol pela COAGRO, gerando, ainda, biofertilizante de alta qualidade no processo.
O projeto prevê ainda a possibilidade de ampliação da geração de biogás, caso haja maior disponibilidade de biomassa, o que poderá, inclusive incrementar e viabilizar a produção agroindustrial local ou a plantação de novas culturas ainda pouco exploradas.
Frederico Paes, presidente da COAGRO, ressaltou que, nos últimos 20 anos, a cooperativa vem trabalhando para o fortalecimento do agronegócio através da geração de empregos e de renda, compromisso com meio ambiente, os colaboradores, fornecedores e a sociedade. “Esse acordo soma os esforços para uma política norteada pelo conceito de sustentabilidade” disse.
“Esta parceria é fruto da cooperação mútua entre empresas que compreendem a importância da transição energética urgente rumo a economia de baixo carbono. O biometano é um combustível limpo, socialmente responsável, e contribuirá de forma relevante para tornar o Brasil uma potência energética renovável no curto prazo”, afirma o CEO da ZEG Biogás, Eduardo Acquaviva.
“Considerando também os Mecanismos de Ajustes de Carbono na Fronteira (CBAM, em inglês), que será aplicado aos produtos destinados à exportação para a União Europeia a partir de janeiro de 2026, ter a opção de um combustível limpo, que possa ser produzido de forma economicamente viável e que venha a substituir outros combustíveis fósseis na região portuária, é algo ainda mais urgente. Isso potencialmente trará um grande diferencial para a criação de corredores sustentáveis em nossa economia”, conclui o executivo.