O estado do Rio de Janeiro está revitalizando a atividade canaveira da região. De acordo com o secretário da Fazenda do estado, Joaquim Levy, nos próximos anos a produção de cana-de-açúcar crescerá estimulada pelo bom desempenho do etanol no país. “Queremos que o álcool responda por 15% da produção agrícola do estado nos próximos quatro anos. Nossa meta é acompanhar a tendência mundial de produção de fontes renováveis de energia”, diz Levy.
A chegada do grupo J. Pessoa ao Rio de Janeiro, com a compra da usina Quissamã no início de 2002, provocou sensíveis mudanças na atividade agrícola local. “Os canaviais que estavam estagnados ganharam novo estímulo”, diz Christino Áureo, secretário de Agricultura fluminense. Além da Quissamã, o grupo havia incorporado em janeiro do mesmo ano a Usina Santa Cruz, instalada no município de Campos, onde se concentra o segmento de açúcar e álcool do estado.
Segundo dados da secretaria, nas regiões norte e noroeste do Rio de Janeiro a área de cultivo de cana-de-açúcar soma cerca de 130 mil hectares. Ali, serão colhidas 7 milhões de toneladas de cana este ano, entregues às nove usinas de açúcar e álcool. O aumento da produção previsto para os próximos anos está sustentado no programa de revitalização da lavoura canavieira, implantando em janeiro de 2002. Em 2008 a produção atingirá 8 milhões de toneladas.
Além do grande potencial agrícola, o Rio de Janeiro dispõe de terras 70% mais baratas que as de São Paulo, principal produtor de cana, açúcar e álcool do Brasil. Além da recuperação da atividade canavieira no estado, outros programas também estão em andamento, entre eles, o de revitalização da bacia leiteira, e de incremento à produção de flores, frutas e pescados.