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Reunião do Gerhai: ´Salário é bom, mas reconhecimento humano e desenvolvimento profissional são melhores´

Cerca de 50 profissionais, entre associados, imprensa e patrocinadores, participaram na manhã de sexta-feira (27 de outubro) da 121a reunião do Gerhai – Grupo de Estudos em recursos Humanos na Agroindústria. O encontro aconteceu na sala de reuniões do Hotel Stream Palace, em Ribeirão Preto, SP.

Nesta edição da reunião foram relatadas conclusões das comissões de trabalho habituais e palestras. Temas como benefícios e serviços sociais, segurança e saúde no trabalho, relações trabalhistas e sindicais, remuneração e salários e desenvolvimento foram discutidos. Duas palestras levaram informações relevantes aos associados.

A primeira foi feita por Elimara Assad Sallum, assessora sindical da Unica. Ela abordou as adversidades e expectativas do processo de remuneração por produção no corte de cana para o futuro.

Elimara Sallum lembrou e mostrou reportagens segundo as quais o Ministério público está trabalhando ativamente para tentar derrubar o sistema de pagamento de corte de cana por volume cortado. O grupo discutiu o assunto.

A última palestra foi feita por Estela Jacomette, mestre em administração e planejamento pela PUC-SP, com pesquisa em recursos humanos e MBA pela USP em H e gestão de negócios. Estela, que também é pedagoga, assistente social e professora da Fundação Getúlio Vargas, falou sobre o tema gestão estratégica de pessoas.

Em entrevista ao JornalCana, disse que hoje a questão do valor do salário ficaria em oitavo lugar num ranking de 1 a 10, se feito por um trabalhador. “Hoje, o que o homem valoriza é sua capacidade de auto realização como indivíduo. Ele quer fazer o que gosta, e isto se torna sua paixão e se o seu trabalho é paixão, automaticamente para ele será diversão”.

De acordo com Estela Jacomette, gerir pessoas estrategicamente é permitir que se auto-conheçam e que aprendam. Com o tempo, diz, elas também descobrirão o melhor, isto é, que vieram ao mundo para servir, que foi para isto que foram criadas. E aí se tornarão realmente pessoas felizes. E isto aliando a tecnologia e o conhecimento ao desenvolvimento humano. Os dois precisam andar juntos, ensinou.

– Veja um porteiro comum, exemplificou Estela. “Para ser um porteiro de prédio ou de empresa hoje ele precisa de aprendizado e de desenvolvimento. Precisa aprender a trabalhar com computadores, seja para tirar fotos na portaria ou preencher registros de entradas. E precisa aprender a se relacionar com pessoas. Deve saber tratar uma pessoa malcriada e a ter paciência em tantos outros casos. Enfim, ele precisa se relacionar, precisa crescer profissionalmente e precisa aprender a servir; quando alcançaesses valores, está pronta como pessoa. é realmente feliz”.