No último sábado, dia 28, um grupo independentes de fornecedores de cana se reuniram em Jardinópolis para discutir mudanças no cálculo do Consecana, custos de carregamento e transportes, de tratos culturais e comercialização.
Os produtores reivindicam modernização no cálculo do Consecana e mudanças em sua composição tais como, agregar o bagaço, torta, KWA, vinhaça, crédito de carbono e outros subprodutos. “Temos muitas dúvidas em relação ao Consecana, algo não anda bem. Temos que combater os cartéis dos adubos e fortalecer nossas representatividades”, disse Chafi Nader, fornecedor.
Durante a reunião um produtor disse ser penalizado pelo sistema de negociação praticado pelas usinas. “Deveriam existir mecanismos de defesa para os fornecedores porque muitos industriais anunciam uma super safra, daí o mercado trabalha com grande oferta, os preços caem e o fornecedor fica com prejuízo”, explicou um produtor.
O presidente da Canaoeste/Orplana, Manoel Ortolan, que também participou da reunião, disse estar aberto para o esclarecimento de dúvidas e providências já estão sendo tomadas. “Os fornecedores têm que conhecer melhor o sistema Consecana. A classe deve mesmo estar unida e reivindicar. Estamos buscando mecanismos para melhorar a questão da comercialização, inclusive o assunto será tratado em reunião em Brasília”, diz Ortolan.
Os produtores também reivindicaram a regionalização do sistema de pagamento de cana. “Atualmente o Consecana é aplicado pela média do estado, mas trabalha com preços de mercado. Poderíamos evoluir por regiões e no futuro de usina por usina, além disso o Consecana não é obrigatório e pode haver entendimento local. Porém existem detalhes que não são fáceis de mudar, por isso os fornecedores devem realmente analisar o que é melhor”, disse Manoel Ortolan.