O potencial de geração de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar é enorme. Segundo a EPE – Empresa de Pesquisa Energética, a bioeletricidade da cana pode ser responsável pela geração de 24% da energia da rede até 2024, o que equivale a seis vezes a oferta de 2015 que alcançou 4,3% do total consumido no país.
Esta previsão faz parte do último Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE – 2024), que leva em consideração o aproveitamento pleno da biomassa – bagaço e palha – dos canaviais existentes.
As perspectivas para a bioeletricidade da cana são altamente positivas, mesmo que ocorram algumas variáveis, como a destinação de parte da biomassa para a fabricação de etanol 2G que pode ser compensada pelo aumento da produtividade e da produção de cana.
Para que se torne viável a ampliação da participação da energia da biomassa de cana no sistema elétrico brasileiro, existe a necessidade, no entanto, da adoção de algumas medidas para a superação de dificuldades que afetam essa atividade.
Uma delas é a definição de uma política setorial que crie condições favoráveis, entre outras medidas, para um preço mais remunerador à bioeletricidade, levando-se em conta as externalidades positivas e negativas de cada fonte nos leilões regulados.