A crise que assolou o setor sucroenergético nos últimos anos afetou fortemente a economia no ramo industrial. Em Sertãozinho, por exemplo, a falta de investimentos provocou saldo negativo de contratações, além do corte de alguns trabalhadores.
Contudo, em 2013, a expectativa é de melhora. Ao menos é o que diz Jamile Golfetto, gerente de marketing da Renk Zanini. “O mercado está mostrando sinais de recuperação. Tivemos uma sensível melhora no volume de orçamentos de projetos que estavam em fase de análise de viabilidade”, explicou.
A representante conta também que neste período conturbado algumas usinas mudaram a forma de trabalhar. Tal processo de adaptação tem surtido efeito, o que mostra que gestão profissionalizada pode ser uma alternativa para o setor. “Após a mudança de perfil e controle acionário ocorrido nos últimos três anos, a usinas apresentaram um novo investidor, o qual tem buscando eficiência e de forma extremamente profissional. Hoje todas as melhoras apontadas na eficiência refletem na escolha de equipamentos, pautados não somente em preço, mas no desempenho operacional de longo prazo. A qualidade voltou a ser o primeiro quesito na escolha dos fornecedores”.
Questionada sobre quando o mercado industrial voltará a aquecer efetivamente, Jamile indica que o segundo semestre será promissor. “Esperamos que os investimentos na parte industrial já comecem a se concretizar a partir de julho. Sabemos que novas plantas devem ocorrer somente na próxima safra, mas estamos otimistas com os brownfields, os quais deverão ser investimentos pontuais na unidade industrial, aumentando-se a capacidade de fabricação de açúcar ou etanol, capacidade de extração, produção de vapor, entre outros”.
Otimista, a gerente crê em um crescimento das vendas em comparação a 2012. “Estimamos um aumento de 10% nas vendas”, finalizou.