Mercado

Renuka negocia unidades de cogeração

O grupo indiano Shree Renuka Sugars deve vender suas unidades de cogeração de energia de bagaço de cana-de-açúcar das usinas Equipav e Revati, localizadas no interior paulista, até o final de dezembro. As duas usinas foram adquiridas do Grupo Equipav em 2010.

Segundo fonte próxima à negociação, a Shree Renuka precisa conseguir recursos para reduzir a dívida de sua subsidiária brasileira, que já atinge R$ 1,350 bilhão. Além disso, a cogeração não seria um nicho de mercado onde a Renuka gostaria de atuar. Embora a holding brasileira da Shree Renuka tenha 50,34% da Renuka do Brasil (ex-grupo Equipav), as unidades de cogeração são empresas independentes.

Segundo a fonte, o modelo de negócio pretendido pela Renuka é o mesmo adotado pela CPFL Renováveis em várias usinas de cana-de-açúcar do interior paulista, em que a empresa de energia constrói uma unidade de geração de alta eficiência ao lado da produtora de açúcar e etanol. A semelhança do modelo faz da CPFL Renováveis a empresa com mais chances de levar as usinas da Renuka, segundo a fonte.

A unidade de cogeração da Usina Equipav tem capacidade de 130 MW e já está em operação. A unidade da Revati ainda está em construção e deve entrar em operação apenas em abril de 2012. Quando estiver funcionando em capacidade plena, a geração total será de 156 MW, mas no início deverá funcionar com metade deste volume. Além da CPFL, outras seis companhias estariam disputando a cogeração destas usinas, de acordo com a fonte.

A venda das unidades de cogeração da Renuka não descarta a possibilidade de a empresa vender até 25% de participação em sua holding brasileira. Procurados, executivos da Renuka não retornaram as ligações. Executivos da CPFL Renováveis não foram encontrados.