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Reino Unido lança fundo para promover energia renovável

O governo do Reino Unido lança um fundo de £30m para o desenvolvimento de fontes de energia renovável e redução das emissões de carbono.

Chamado Low Carbon Buildings, o fundo pretende aumentar a compreensão sobre as tecnologias como painéis solares, biomassa e pequenas turbinas eólicas.

A indústria apresentou uma reação confusa, decepcionada com os ganhos, que são menores do que em anos anteriores.

A Grã-Bretanha está posicionada atrás de muitas nações européias no uso de energias renováveis.

Ao anunciar o novo fundo, o ministro de Energia, Malcolm Wicks, diz que projetos de micro-geração são uma excelente maneira para indivíduos, comunidades e empresários mitigarem as mudanças climáticas.

“Quando se tornarem mais comuns, podem ajudar a ensinar crianças e futuras gerações sobre os benefícios da energia renovável e a necessidade de se usar os recursos de maneira mais responsável”, avalia.

Queda – O fundo recém-lançado substitui outros dois esquemas do governo – o Clear Skies (céus limpos) e o programa de demonstração PV, que consumiram cerca de£43m nos últimos quatro anos.

Philip Wolfe, diretor executivo do grupo de negócios da Associação de Energia Renovável, disse estar preocupado porque a nova estratégia pode representar uma queda nos suportes financeiros.

“Estamos felizes por ver o governo dar prioridade aos projetos de pequena escala de geração de energia renovável”, disse, “mas em termos de tamanho de financiamento, parece que demos um passo atrás”.

Chris Tomlinson, da Associação costeira britânica de energia eólica, concorda. “A quantidade de dinheiro disponível para essas tecnologias é ainda muito pequena em comparação com o seu potencial”, acrescenta.

“O melhor jeito para o público e a indústria responderem é demonstrarem apetite por energias renováveis, assegurando que esse esquema é um engano, e construirem um projeto poderoso para estimular uma ação maior do governo nas gerações de pequena escala”.

A indústria, no entanto, estava contente porque o governo decidiu unir o que teria sido uma lacuna de sete meses no financiamento – entre o final dos dois esquemas anteriores e o começo do novo. O primeiro grande desembolso pelo programa “Low Carbon Buildings” foi realizado em fevereiro.

Sem bala de prata – Documento de 2003 estipula uma meta para as novas indústrias britânicas de energia renovável, que vêem um rápido crescimento na instalação de painéis solares fotovoltaicos e nos sistemas de aquecimento solar de água.

Na ultima semana, Wicks disse que grandes usuários de energia, como as empresas químicas, poderão precisar reduzir o consumo, colocando os estoques sob pressão, se o inverno estiver mais frio do que a média.

O governo está agora entusiasmado por envolver mais setores industriais nos projetos renováveis pequenos, convencendo companhias de geração de eletricidade, construção e gerenciamento de edifícios a investir em tecnologias.

Sell, EDF Energy, SSE e Scottish Power estão entre as empresas que foram chamadas para apoiar a micro-geração.

Vincent de Rivaz, diretor executivo da EDF Energy, diz: ”Não há nenhuma bala de prata para lidar com o desafio apresentado pela mudança de clima. A eficiência de energia será vital”.

“Estou convencido de que há muito mais a ser feito para encorajar mudanças de comportamento que possam realmente fazer diferença ao consumo de energia”.

Mas para o chefe de família é difícil dissociar mudança no comportamento de economia. A questão aberta é se o fundo de “Low Carbon Buildings” é grande o suficiente e se a demanda por micro-geração renovável continuará a crescer.