Em de 2 de agosto, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis médios (1000 a 2000 cilindradas) teve sua alíquota reduzida de 25% para 16%, no caso dos veículos movidos a gasolina, e de 25% para 14%, no caso dos movidos a álcool. Isso na semana seguinte ao Brasil ter ratificado o Protocolo de Kyoto e duas semanas antes de o País divulgar seu primeiro inventário nacional de gases de efeito estufa. A justificativa para a medida seria ajudar a indústria automobilística a preservar empregos. Qual nada. A medida provavelmente será inócua do ponto de vista de manutenção de empregos, visto que, dada a perversa distribuição de renda nacional, provavelmente apenas deslocará parte das vendas de veículos de menor cilindrada, que a partir de agora passarão a ter uma alíquota de IPI mais próxima da dos veículos de maior cilindrada (10% para os veículos movidos a gasolina e 9% para os movidos a álcool até 1000 cilindradas). A medida aumentará, sim, a lucratividade das empresas do setor – que agora passarão a vender veículos que lhes trazem maior retorno financeiro – e, pior ainda, elevará as emissões de CO2 do País. Automóveis com maior cilindrada consomem mais combustível e emitem mais CO2. A medida pode, inclusive, reduzir postos de trabalho na economia brasileira como um todo, uma vez que, com a mesma classe média passando a consumir veículos mais caros, menos dinheiro sobrará para essa classe média consumir outros bens e serviços, que na média são mão-de-obra mais intensiva que a atividade de montar automóveis. Em recente estudo que realizamos para o Battelle Memorial Institute, nos EUA, mostramos que de todas as medidas já tomadas no Brasil nas últimas décadas, que tiveram como benefício colateral a redução da emissão de CO2 (incremento da adição de álcool à gasolina, conservação de energia elétrica, promoção do uso de gás natural na indústria em substituição ao óleo combustível, incentivos à cogeração a partir de bagaço de cana e gás natural, incentivos ao uso de fontes alternativas de energia), nenhuma sequer se aproxima da dos incentivos dados através de alíquotas de IPI altamente diferenciadas entre carros de até 1000 cilindradas e os demais carros. (Gazeta Mercantil)
Ver mais
Cana-de-açúcar
Especialista em climatologia prevê regularidade de chuvas na Paraíba nos próximos dois meses
Junho foi um mês de muita regularidade, com chuvas acima da média no litoral e Campina Grande
Ver mais
Açúcar e etanol
Agave brasileiro ganha destaque com nova levedura geneticamente modificada
Pesquisadores da Unicamp desenvolvem tecnologia inovadora para produção de etanol em áreas semiáridas
Ver mais
Açúcar e etanol
FPBio defende união do setor produtivo para fortalecer movimento pela expansão dos biocombustíveis no país
Projeto de lei Combustível do Futuro é um dos caminhos para assegurar a expansão de energia limpa, diz o presidente da frente, deputado Alceu Moreira.
Ver mais
Cana-de-açúcar
Minas Gerais aumenta produção de cana-de-açúcar em junho
Estado registrou crescimento de 13,5% na moagem e avanços na produção de açúcar e etanol
Ver mais
Açúcar e etanol
Produção de biocombustíveis cresce no Brasil e alcança recorde histórico
Juntos, etanol e biodiesel somaram quase 43 bilhões de litros produzidos em 2023, segundo Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pela ANP
Ver mais
Safra 2024/25
Clima seco antecipará conclusão da safra 2024/25
Expectativa é que maior parte do ciclo agrícola esteja concluído entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro