A recuperação das vendas de carro a álcool está animando o setor sucroalcooleiro. Em 2002, as montadoras colocaram à disposição 56.068 unidades – um volume 205% maior em relação a 2001, o que representa 4,3% de automóveis e comerciais leves negociados no ano passado. Em 2000, a proporção era de 0,8%.
A comercialização de carro a álcool ainda está longe do que já foi um dia, quando chegou a atingir mais de 90% dos veículos vendidos no País – auge do programa Proálcool na metade da década de 80.
As montadoras informam que só disponibilizam os veículos movidos a álcool de acordo com a demanda. A procura, por sua vez, tem crescido. Os sucessivos aumentos dos preços da gasolina entre 2001 e 2002 têm levado os consumidores a procurar uma alternativa barata. O álcool representa até 70% dos preços da gasolina nas bombas. Outra saída é a conversão dos carros movidos à gasolina para álcool. Não há dados apurados no mercado, mas analistas garantem que esta prática tem se tornado uma constante, sobretudo no Estado de São Paulo.
Boa parte das vendas de carro a álcool ainda é feita para as repartições públicas. No entanto, o consumidor está voltando a confiar neste tipo de veículo. A oferta de combustível está sendo garantida pelas usinas sucroalcooleiras, que devem antecipar a safra de cana-de-açúcar em 30 dias, para abril, para manter a oferta regulada.
Crescimento
(Vendas de carro a álcool – em unidades)
jan/02 – 2.489
fev/02 – 2.889
mar/02 – 3.175
abr/02 – 3.426
mai/02 – 3.781
jun/02 – 2.815
jul/02 – 4.396
ago/02 – 4.643
set/02 – 5.839
out/02 – 8.844
nov/02 – 7.026
dez/02 – 6.745
Total – 56.068
Fonte: Anfavea