As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 16% em março, chegando ao valor recorde para o terceiro mês do ano, de US$ 3,979 bilhões. O bom desempenho refletiu a expansão dos embarques de soja, açúcar, couros e papel e celulose, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O saldo da balança comercial cresceu 14,3% no mês, para US$ 3,395 bilhões. No acumulado de janeiro a março, o setor exportou US$ 9,796 bilhões, com alta de 11,5% ante o primeiro trimestre de 2005.
Os embarques do complexo soja cresceram 30,8%, para US$ 928 milhões, puxadas pelo aumento de 54,8% nas exportações de soja em grão, para US$ 620,4 milhões. O volume exportado de soja em grão cresceu 45%, para 2,6 milhões de toneladas. “O destaque foi o crescimento de 100% nas exportações para a China, que chegaram a 1,2 milhão de toneladas”, diz o coordenador geral de organização para exportação do ministério, Eliezer Lopes. Os preços médios da tonelada embarcada tiveram alta de 7% em março, para US$ 234. No trimestre, foram exportadas 4 milhões de toneladas de soja em grão, com alta de 57%. “Com a melhora dos preços e a expectativa de entrada da safra, os produtores aproveitaram para embarcar a soja”, explica.
O aumento de 46,4% na receita de embarques do setor sucroalcooleiro para US$ 494 milhões também contribuiu para a performance da balança em março. O desempenho das exportações do setor resultou da alta de 45% no preço da tonelada do açúcar bruto, para US$ 281 e de 5,5% no volume de açúcar embarcado, segundo Lopes. Já as vendas externas de álcool caíram 18,3% em volume, para 150 mil toneladas.
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As exportações do complexo carnes cresceram 5% em receita, em março, para US$ 618 milhões, mas tiveram queda de 4% em volume, para 383 mil toneladas em conseqüência dos embargos decorrentes dos casos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná e da queda do consumo mundial de carne de frango devido à gripe de aves. No trimestre, a receita registrou alta de 12,7%, para US$ 1,785 bilhão, enquanto o volume teve ligeira queda de 0,2%, para 1,1 milhão de toneladas.
As receitas com embarques de carne de frango “in natura” caíram 2%, para US$ 238,4 milhões. O volume embarcado teve queda de 5,4%, para 213 mil toneladas, compensado em parte pelo preço médio, que aumentou 3,5% para US$ 1.117 por tonelada em relação a março do ano passado.
As exportações de carne suína tiveram redução de 50% em receita, para US$ 37,7 milhões, com queda de 43% em volume, para 22 mil toneladas. “A queda resultou do embargo decretado pela Rússia, destino de 67% dos embarques de carne suína em 2005”, diz Lopes. As exportações de carne bovina sentiram menos o efeito da aftosa. A receita de embarques do segmento subiu 22% em março, para US$ 215,8 milhões, e o volume teve expansão de 14,6%, para 93,9 mil toneladas.
