A Copersucar, a maior comercializadora de açúcar e etanol do país, teve um lucro líquido de R$ 355,4 milhões na safra 2010/11, encerrada em 31 de março. O resultado reverte o prejuízo de R$ 2,5 milhões registrados em igual intervalo da temporada 2009/10. Os preços altos do açúcar e do etanol e a adesão de novas usinas ao sistema Copersucar foram fundamentais no resultado positivo da companhia, que viu sua receita mais que dobrar no período.
Segundo balanço divulgado ontem pela empresa, o faturamento atingiu R$ 8,27 bilhões na safra 2010/11, ante os R$ 3,76 bilhões do ciclo 2009/10. Em entrevista concedida em janeiro deste ano, Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar, afirmou que nesta temporada em curso, a 2011/12, a receita da companhia deve evoluir para níveis próximos de R$ 14 bilhões por causa do crescimento do volume de açúcar e álcool comercial izados, além da adesão de mais sócios.
Na temporada 2010/11, 44% da receita líquida tiveram origem na venda de etanol e 55% na comercialização de açúcar, que teve como principais destinos na exportação a Ásia e o Oriente Médio.
Para 2011/12, a previsão é de que os volumes movimentados pela empresa sejam equivalentes à moagem de 121 milhões de toneladas de cana, ante as 114 milhões registradas na safra 2010/11.
Mais uma vez, as cotações internacionais recordes do açúcar no período e a remuneração mais elevada para o etanol fizeram com que a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) evoluísse para 4,9% no ciclo encerrado em março de 2011, bem acima do 1,1% registrados no mesmo período de 2010. O Ebitda cresceu mais de dez vezes para R$ 407 milhões, ante os R$ 40 milhões da safra 2009/10.
Puxado principalmente pelos investimentos em infraestrutura e logística, o endividamento da empresa com empréstimos e financiamentos subiu de R$ 318,2 milhões em 31 de março de 2010 para R$ 1,414 bilhão em 31 de março deste ano. (FB)