Para o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP de Ribeirão Preto (SP), Alberto Borges Matias, o rebaixamento do rating brasileiro, definido na quarta-feira (09/09/2015) pela agência de risco Standard & Poors (S&P), terá pouco impacto nas usinas sucroenergéticas.
Matias, que também dirige o Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), explica seu ponto-de-vista em 5 itens. Confira a seguir.
Portal JornalCana – Diante um cenário menos turbulento para o setor sucroenergético brasileiro, com a redução do estoque mundial de açúcar e com o avanço do mercado doméstico de etanol, o rebaixamento da nota do Brasil afeta as usinas de cana-de-açúcar do Brasil?
Alberto Borges Matias:
1 – O mercado financeiro internacional já precificava o rebaixamento do rating brasileiro. Assim, o impacto é pequeno.
2 – Os recursos internacionais programados, da ordem de US$ 65 bilhões para 2015 e também igual valor para 2016 permanecem previstos.
3 – Grande parte do financiamento das safras e seu escoamento era e será realizado pelo Banco do Brasil, já existindo orçamento para isto.
Leia mais: 5 alertas sobre o impacto do rebaixamento nas usinas de cana
4 – O orçamento de 2016 também prevê os valores de financiamento.
5 – Na tributação do valor agregado, está prevista uma alteração, para melhor do processo tributário.
Leia mais: A concentração da usinas chegou para ficar, diz professor da USP