A partir desta quarta-feira, 2, a população baiana deve se preparar para pagar mais caro na hora de encher o tanque de combustível do carro. A informação é do presidente do Sindicombustíveis, Walter Tannus Freitas, que divulgou nesta terça-feira, 1º, os índices de reajuste que devem ser aplicados pelos proprietários de postos de abastecimento.
A maior alta será sentida pelos consumidores de álcool, que subirá em torno de 6%. Em seguida, vêm o diesel, com elevação entre 2,5% e 3%, e a gasolina, que deverá subir de 1% a 2%. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), em Salvador, o álcool custa em média R$ 1,778 e deverá ficar em torno de R$ 1,885.
Nos postos mais caros, o combustível feito da cana-de-açúcar poderá chegar a R$ 1,957. Já a gasolina, que é vendida por um preço médio de R$ 2,678, deve passar para R$ 2,731 e até R$ 2,774 nas bombas. O diesel deve ficar em torno R$ 2,212, contra os atuais R$ 2,082.
Freitas afirmou que esses aumentos são reflexos do reajuste de preços feito pelas empresas distribuidoras. “Os donos de postos estão comprando álcool e diesel mais caros há algumas semanas, e já foi anunciado que a gasolina também subirá nos próximos dias”, destacou, garantindo que a decisão de repassar ou não esses aumentos para o consumidor final depende da “consciência de cada proprietário”.
Especulação – O presidente do sindicato explicou ainda que o principal fator da alta decorre da especulação em torno dos biocombustíveis. “A gasolina só subiu porque tem 25% de álcool em sua composição, e o diesel, que tinha 2% de biodiesel, passou agora a ter 3% de material orgânico”, disse.
O reajuste de agora inverte a situação vivida em junho, quando os preços médios da gasolina e do álcool tiveram quedas. Segundo dados da ANP, o álcool, que ficou 1,55% mais barato nas bombas do que em maio. O preço menor coincide com a volta da safra de cana-de-açúcar.
Mesmo com a recente alta dos preços do petróleo, o preço médio da gasolina do País atingiu R$ 2,494 por litro, com queda de 0,16% em junho, puxada pela redução do preço do álcool. O gás veicular teve uma forte alta de 5,37% no mês de junho, chegando a R$ 1,551 em média no País. (Leonardo Leão)