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Reajuste de gasolina, álcool e diesel responde por 70% do IPCA-15 de outubro

O reajuste dos combustíveis foi a maior pressão sobre a inflação de 0,56% medida pelo IPCA-15 em outubro. De acordo com o IBGE, apenas esse grupo subiu 7,11% e respondeu sozinho por 0,38 ponto percentual do índice cheio – ou cerca de 70% da variação.

A maior alta foi da gasolina, que aumentou em média 7,17% nas bombas e contribuiu com 0,31 ponto percentual do índice de outubro. ” O efeito do reajuste de setembro, em 10% nos preços de venda da gasolina nas refinarias, foi absorvido quase que na totalidade nos postos de distribuição ” , explica relatório do IBGE.

Também subiram o álcool, cuja alta de 6,58% provocou impacto de 0,06 ponto percentual no IPCA-15, e o óleo diesel – contabilizado em apenas três regiões metropolitanas, o reajuste médio no varejo foi de 9,59%.

O grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, continuou em deflação, mas menos intensa do que no mês anterior. Em setembro, o recuo desse grupo foi de 0,60% e, em outubro, de apenas 0,15%. Os destaques de alta entre os itens que sofreram aumento de preço foram peixes (1,49%), carne (1,54%), café (2,19%) e frango (4,24%).

De acordo com o IBGE, outros itens subiram e influenciaram o IPCA-15 deste mês, como condomínio (0,81%), plano de saúde (0,95%), automóveis usados (1,02%), empregado doméstico (1,12%), taxa de água e esgoto (1,17%), e passagens aéreas (4,28%).

Entre as regiões pesquisadas, São Paulo apresentou o maior IPCA-15, de 0,82%, puxado pela alta dos alimentos e da taxa de água e esgoto. O menor índice foi apurado no Rio de Janeiro (0,18%). São pesquisadas as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.