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Raquitismo e escaldadura ainda ameaçam canaviais

Confira na última edição do JornalCana, estas e outras novidades sobre tecnologia agrícola do setor canavieiro.

A saúde dos canaviais exige estado de alerta e vigilância. As doenças podem se espalhar com as novas plantas ou mesmo surgir de maneira inesperada. “O raquitismo-das-soqueira e a escaldadura continuam sendo os maiores problemas fitopatológicos das lavouras de cana”. Quem faz esta avaliação é Alfredo Urashima, professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos — UFSCar, campus de Araras, SP. Segundo ele, outras doenças, como ferrugem, carvão e mosaico ocorrem apenas ocasionalmente. “São eliminadas, parcialmente, na seleção feita durante o melhoramento genético. Em outras situações, o controle ocorre por meio do planejamento varietal correto. É só seguir as recomendações do conhecimento técnico já adquirido pelo setor. A experiência mostra que determinadas variedades não devem ser plantadas em algumas regiões”, resume.

Raquitismo e escaldadura causam, no entanto, dores de cabeça. Toletes de variedades suscetíveis podem disseminar essas doenças por meio da propagação vegetativa, ou seja, a ação do facão, não desinfetado, durante o corte. Os riscos são maiores para o raquitismo, que não é identificado facilmente. “A planta com escaldadura tem estrias brancas, brotação lateral intensa e as folhas apresentam uma aparência como tivessem sido queimadas com água quente. O raquitismo só é detectado com a constatação da espessura, mais fina, dos colmos”, compara Urashima, que é professor de Fitopatologia do Departamento de Biotecnologia Vegetal. De acordo com ele, a manifestação da doença depende, muitas vezes, de situações estressantes como seca ou excesso de frio.

Matéria completa na edição de março do JornalCana.