A Raízen, controlada pela Cosan e pela Shell, entra na produção de energia elétrica solar.
A primeira planta de painéis fotovoltaicos da empresa foi inaugurada na manhã desta terça-feira (04/06).
Ela fica na unidade Costa Pinto, em Piracicaba (SP).
Trata-se de uma planta em caráter piloto com capacidade instalada de energia de 1.3 MWp.
Com essa capacidade, a planta pode produzir 2 mil megawatts-hora (MWh) por ano.
Segundo a assessoria, a Raízen não revela valores de investimentos.
A empresa não divulga as informações por estar em período de quarentena.
Essa quarentena é por conta da divulgação, nas próximas semanas, do balanço do trimestre entre março e junho.
Como funciona o modelo de negócio da energia solar da Raízen?
A empresa informa que, inicialmente, o negócio consistirá na locação dos painéis solares pelos parceiros da Raízen. Esse modelo atende ao segmento denominado Geração Distribuída (GD).
A empresa controlada pela Cosan e pela Shell possui mais de 7 mil postos de serviços e mais de 2 mil clientes B2B.
Na primeira fase, a energia solar produzida em Piracicaba – e transportada por meio da rede da distribuidora CPFL – serã atendidos 18 postos da marca Shell e dois clientes B2B.
“Esses dois são empresas transportadoras que são nossas parceiras há décadas”, explica Antonio Simões, diretor executivo de Energia da Raízen.
Economia para clientes
Segundo ele, com as placas em total funcionamento, estima-se que esses parceiros possam ter uma economia anual nos gastos com energia elétrica mensais entre R$ 5 mil a R$ 10 mil.
“Com essa iniciativa, a Raízen intensifica suas ações no desenvolvimento de sua participação no setor elétrico e reforça seu posicionamento como uma empresa integrada de energia”, destaca Simões, que entre cargos na Shell e Raízen está há 22 anos no grupo.
“Com o empreendimento, ofereceremos mais uma solução de eficiência energética”, emenda.
O empreendimento
A planta com 3.800 placas está inserida em uma área de 40 mil metros quadrados, equivalente a dois campos de futebol.
Representa também a maior área destinada à energia solar do Estado de São Paulo.
Com a operacionalização desse projeto, a Raízen reforça a sua robustez na produção de energias renováveis – cogeração por biomassa, palha de cana e biogás.
E passa a ter cerca de 1.01 GW em todo o seu portfólio de energias.
Por sua vez, esse volume é capaz de abastecer uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro durante um ano.
Para a operacionalização, será adotado o modelo de net metering.
Trata-se de procedimento no qual a energia gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica da unidade.
Por fim, nesse método, caso haja um saldo positivo, o consumidor poderá utilizar esse crédito e reduzir o consumo na fatura do mês subsequente.
Finalmente, esse é um modelo já consolidado e em aplicação em países referência na adoção dessa tecnologia.
Entre eles estão a Alemanha e Estados Unidos, principalmente no estado da Califórnia.
Projetos futuros em energia voltaica
Durante entrevista, o diretor executivo de Energia da Raízen não quis revelar se a empresa implantará plantas solares nas demais 21 unidades produtoras em operação na safra de cana 2019/20.
Por fim, segundo ele um grande projeto de energia deverá ser brevemente divulgado pela empresa.
“Mas não posso adiantar informações”, emendou, destacando o período de quarentena.