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R$ 100 bi em investimentos são adiados por falta política de incentivo, diz Parente

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Na semana passada, o presidente e CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, revelou que as empresas do setor sucroenergético poderiam investir R$ 100 bilhões na produção de etanol e açúcar, mas a falta de política pública impede os investimentos e afasta os investidores. Segundo ele, esses investimentos foram adiados e serão colocados em prática quando o etanol voltar a ser competitivo em relação à gasolina e quando houver desoneração tributária da cadeia produtiva. “Resolvidas essas questões, esses investimentos devem ser feitos por um período de cinco anos”.

Para ele, a percepção de urgência do governo para resolver esses pontos é diferente da cadeia produtiva.”O governo fez uma opção em relação ao preço da gasolina. O que eu não sei é se ele tem o senso de urgência do problema, mas gostaríamos que governo recuperasse a prioridade ao etanol”, afirmou Parente, em debate no Exame Forum, em São Paulo.

Segundo o executivo, a falta de competitividade com a gasolina já fez com que 41 usinas com capacidade total de 30 milhões de toneladas, paralisassem suas atividades desde 2008 e resultou na perda de 10 a 15 mil empregos.

Em resposta, o ministro Guido Mantega defendeu a manutenção dos preços da gasolina como uma forma de ajudar o país a reduzir custos erevelou que os problemas do etanol estão ligados à crise em 2008 e as safras com baixas produtividades. “Não podemos atribuir tudo isso ao preço da gasolina”, disse o ministro.