A cidade de Quissamã, no norte fluminense, tem driblado a crise de maneira criativa. Como há mais de 200 anos a cultura canavieira impera na região, empresários e prefeitura da cidade estão incentivando a produção de coco e frutas, como abacaxi, para incentivar a agrícola local e evitar a monocultura.
As mudanças aconteceram, sobretudo, após a crise do setor sucroalcooleiro entre as décadas de 80 e 90 na região. Nos anos 90, a prefeitura de Quissamã estimulou a plantação coco. Hoje a cidade é maior produtora de coco do Estado do Rio de Janeiro, com uma produção de 5,5 milhões do fruto, e deve começar a exportar o fruto in natura para o Reino Unido. Os agricultores da região também vão começar a vender água de coco na cidade do Rio de Janeiro.
No ano passado, com a ajuda da prefeitura, agricultores locais investir R$ 600 mil na construção de uma fábrica de envase de água de coco. Segundo Haroldo Carneiro, secretário da Agricultura de Quissamã, os produtores agora trilham por novos mercados. Com o programa Frutificar, a prefeitura financiou nos últimos anos R$ 5,5 milhões para aumentar a área plantada de coco, hoje com 1.270 hectares. “Em 2003, a colheita será de 12 milhões de coco”, diz.
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Além do coco, os agricultores também estão cultivando abacaxi e investem na venda do suco natural da fruta. Com a retomada do setor sucroalcooleiro desde o ano passado, com a chegada do Grupo J. Pessoa, os agricultores de Quissamã participam também da expansão da atividade rural e a melhoria da infra-estrutura da cidade.
