Quando o tema são os investimentos em novas tecnologias, especialistas se dividem entre entusiastas e cautelosos. Vinad Khosla, presidente da Khosla Ventures (empresa americana que investe em energia limpa, proteção ao meio-ambiente e projetos inovadores), é dos mais entusiasmados. Para ele o etanol celulósico deverá tomar lugar do etanol comum em 15 anos.
“Temos tecnologia para produzir etanol que custe abaixo de 50 centavos de dólar por litro. O risco no investimento em novos produtos é menor do que simplesmente não investir em novas alternativas ao petróleo. Quanto antes a empresa arriscar, mais rpidamente ela será a primeira a ganhar com isso”, garantiu.
O Chefe de Biocombustíveis do BNDES, Carlos Cavalcanti, concordou com a importância dos biocombustíveis avançados. “Temos que repensar o arranjo físico da indústria. Hoje o crescimento é horizontal, precisamos romper esse paradigma e repensar o crescimento vertical”, declarou. Já o presidente da Cosan, Marco Lutz, mostrou cautela. “O cenário de alta tecnologia ainda não é considerado pela nossa empresa. É uma vantagem contemplada, mas não conta”, explicou.
Grubisich, presidente da ETH, também demonstrou um interesse cauteloso nesse tipo de bicombustíveis “É importante possuir uma plataforma tecnológica disponível para quando as novas tecnologias estiverem disponíveis e lucrativas”, afirmou.
Phillippe Boisseau, presidente de Gás e Energia da TOTAL acredita que o ângulo da biotecnologia seja importante, pois traz novos mercados à indústria da cana-de-açúcar. “Por isso investimos, em conjunto com a Amyris, na produção local de novas moléculas a partir da cana. Essa é nossa aposta e nosso compromisso”, ressaltou.
Matéria publicada na Revista Bio&Sugar – Edição 7. Mais informações no site: www.bio-sugarmagazine.com