Os preços do açúcar refinado ampliaram sua queda nos últimos quatro dias em Londres, recuando para seu menor patamar dos últimos 13 meses após a Índia, o segundo maior produtor mundial, ter anunciado que suspenderia sua proibição às exportações da commodity, que vigorou por seis meses, segundo as agências internacionais.
A safra mundial recorde de cana-de-açúcar, que segundo previsões alcançará 24 milhões de toneladas no ano que se encerrará em setembro, ajudou os estoques de açúcar a retornarem a níveis “confortáveis”, permitindo que as remessas voltassem ao normal, disse ontem o ministro da Fazenda da Índia, Palaniappan Chidambaram. É provável que a Índia exporte cerca de 2 milhões de toneladas de açúcar, agravando o excesso de oferta de 5,1 milhões de toneladas previsto para este ano, segundo Elizabeth Miller, que dirige a divisão de pesquisa da RedTower Ltd.
Na sexta-feira, os contratos futuros de açúcar refinado recuaram US$ 2,80, ou 0,9%, para US$ 325 a tonelada, na bolsa londrina, atingindo a mais baixa cotação desde o dia 6 de dezembro de 2005. Os preços do produto recuaram 32% desda alta alcançada no ano passado, de US$ 476,9, registrada em julho.
O preço do açúcar, que foi a commodity de melhor desempenho em 2005, apresentou declínio de 3,5% na bolsa de Londres no ano passado e de 20% na bolsa de Nova York (Nybot). O produto foi o terceiro pior colocado em termos de desempenho entre os contratos futuros do Índice de Commodities do Goldman Sachs no ano passado.