Os preços dos combustíveis e lubrificantes no atacado aceleraram no atacado (de 0,13% para 0,36%), na segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril para igual indicador em maio. Mas a elevação nos preços do setor teria sido mais intensa, não fosse a queda no preço do álcool etílico hidratado (de 3% para -3,65%), no mesmo período. A análise é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
Os preços dos combustíveis só não estão disparando no atacado graças ao álcool, porque produtos de peso no setor registraram aumentos de preços expressivos, no mesmo período, como óleos combustíveis (de -4,11% para 4,38%) e querosene para motores (de 2,52% para 6,12%).
O comportamento dos preços desses dois produtos tem estreita ligação com o movimento de preços do petróleo, no mercado internacional. Quadros explica que o preço do álcool registra queda, no momento, em virtude da regularização da oferta do produto – que passou por uma seqüência de alta de preços, por causa de problemas de demanda maior do que oferta no setor sucroalcooleiro. “Agora é o momento de safra de cana-de-açúcar”, lembrou, considerando que isso melhora a oferta do álcool.
Segundo o economista, o bom momento do preço do álcool influenciou o preço da gasolina, que caiu 0,29% na segunda prévia do IGP-M de maio, após subir 0,12% em igual prévia em abril. A gasolina conta com 20% de álcool em sua formação.