Chegou à ONU. A defesa do etanol, o combustível limpo e de know- how originariamente brasileiro, vai ser feita agora diretamente pela Organização das Nações Unidas. É um aliado e tanto! O relatório do Painel Intergovernamental da ONU, que acaba de ser concluído, já aponta que o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é a melhor alternativa para suprir as necessidades mundiais de energia até, pelo menos, 2020. Já imaginou o potencial de negócios que pode ser alavancado a partir de uma chancela como essa? O Brasil que saiu primeiro na corrida não pode perder o passo. O foco nessa prioridade energética deveria tomar todas as atenções do governo e de organismos financiadores para viabilizar a hegemonia nacional do fornecimento. O relatório da ONU diz que o etanol da cana é o mais eficaz também para reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera. Mais ainda que o etanol de milho, produzido nos EUA. A cana ainda vence o milho no capítulo que trata do risco da redução da área dedicada ao cultivo de alimentos. A consagração da cana como opção preferencial deve detonar uma onda de investimentos multilaterais. O documento da ONU é claro e pede que os países partam imediatamente para a adoção do etanol. Em meio a esse boom de oportunidades é lamentável o tempo que o Brasil perdeu para consolidar sua posição. Ainda há tempo, mas evidentemente esse despertar mundial para o valor do etanol da cana vai tornar a competição muito mais acirrada. Há de se perguntar: em quantos ministérios e gabinetes oficiais do governo, que não são poucos, o assunto vem sendo tratado com a urgência que merece e quais as ações concretas que já estão desenhadas para o Brasil “surfar” nessa onda como líder? Talvez, em meio ao furor oficial por planos de longo prazo, a equipe de Lula pudesse começar a pensar num novo PAC do etanol. Eis uma missão que mesmo nas mãos do novo ministro escolhido, o dublê de professor e guru Mangabeira Unger, cairia bem.
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