A Petrobras colocou em avaliação US$ 1,4 bilhão em projetos de biocombustíveis do investimento total de US$ 3,8 bilhões programados para o período 2012-2016, informou o diretor de Gás e Energia da empresa, José Alcides Santoro.
A empresa reduziu o peso dos investimentos em biocombustíveis no atual plano em relação ao plano anterior.
O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, responsável pela área, não compareceu à divulgação do plano de negócios da Petrobras para o período, que está sendo apresentado nesta segunda-feira na sede da companhia, no Rio, mais de uma semana após ter sido divulgado ao mercado.
Segundo Alcides, os projetos em implantação no setor de biocombustíveis somam US$ 1,2 bilhão, sendo 90% para o segmento de etanol e 3% para o biodiesel. Outros 6% serão utilizados para o suprimento agrícola da produção e 1% para o segmento corporativo.
A Petrobras decidiu colocar uma série de projetos do seu plano de negócios em avaliação e somente serão aprovados os que tiverem retorno financeiro, competirem e ganharem de outros projetos em carteira, e que tenham financiamentos adequados, explicou Alcides.
OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS
A Petrobras está preparando um programa de otimização de custos operacionais, informou a presidente da empresa, Graça Foster.
Segundo o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, que detalhou parte do plano na manhã desta segunda-feira, o programa está sendo estruturado e será detalhado entre agosto e novembro, para que o resultado final seja apresentado em dezembro.
“Estamos olhando não apenas a otimização via ativos de produção (plataformas, sondas), mas também nas linhas de custo, logística, gestão de manutenção, estoques de materiais e combustível, logística, entre outros”, disse Formigli.
“Até julho teremos estruturado o projeto. Vamos quantificar a otimização de custos e em dezembro será consolidado e o programa será lançado”, completou.
PRÉ-SAL
O diretor de exploração e produção da Petrobras, José Maria Formigli, afirmou que os campos no pré-sal aumentarão gradativamente sua importância no portfólio da estatal.
Atualmente, explicou, os campos no pós-sal representam 95% da produção da Petrobras.
Com o desenvolvimento do pré-sal, o percentual da produção em campos acima da camada de sal deve cair para 69% em 2016. Em 2020, o percentual cai ainda da mais, para 42%.
AÇÃO EM QUEDA
A ação da Petrobras despencava nesta segunda-feira, à medida que investidores acompanhavam o detalhamento do novo plano de negócios da estatal para o período de 2012-2016.
Às 10h13, a ação preferencial recuava 4,86%, a R$ 18,60, enquanto a ordinária caía 4,71%, a R$ 19,21. O Ibovespa, principal índice de ações, tinha queda de 1,91%.