Um protocolo de cooperação técnica para a execução do programa para a produção de biocombustíveis no Rio Grande do Sul, com ênfase no etanol, será assinado hoje, 7 de março, pelo diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) -, Silvio Crestana, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, e a superintendente do Núcleo Regional do Rio Grande do Sul do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Elisabeth Urban. A solenidade será realizada na sede da Embrapa, em Brasília, às 16h30, com a presença do ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto e da ministra-chefe da Casa-Civil, Dilma Rousseff.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Embrapa, o programa tem o objetivo de criar condições para a produção de etanol, de maneira competitiva, para o atendimento do mercado regional e internacional. Atualmente, o preço do litro do álcool no Rio Grande do Sul apresenta um preço até 42% acima do valor pago em São Paulo. Do total do volume consumido no Estado, há a aquisição de 98% de outras regiões do Brasil. O programa prevê o investimento de R$ 8,2 milhões no período de 2007 a 2009. Entre outras ações, haverá o estudo de viabilidade técnica e econômica na produção da cana-de-açúcar e seus derivados. Serão implantados três pólos produtivos, levando-se em consideração aspectos ambientais, agronômicos e de industrialização.
O projeto conta – de acordo com a Embrapa – com diversos parceiros: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Regional Integrada (Uri/Erexim), Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade Federal do Paraná, Rede Interuniversitária do Desenvolvimento Sucroalcooleiro (Ridesa), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Fundação Centro de Experimentação e Pesquisa (Fundacep), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Emater/RS.
Além de contribuir para a auto-suficiência de álcool no Rio Grande do Sul, o programa – conforme a opinião de especialistas da Embrapa – aumentará a oferta de emprego e renda. A atividade, no Estado, está vinculada às pequenas propriedades. Com uma área de cultivo de 35 mil hectares de cana em todo o Rio Grande do Sul, aproximadamente 25 mil hectares são destinados para a comercialização informal de subprodutos ou ainda para o complemento da ração animal. A produção dos outros 10 mil hectares é voltada para a fabricação de cachaça, açúcar mascavo, melado e álcool.