Em reunião ontem, o Conselho Superior de Agricultura e Pecuária do Brasil (Rural Brasil) manifestou-se contra uma eventual taxação das exportações dos produtos primários. O setor teme que o próximo governo, para agregar valor nas exportações brasileiras, taxe as exportações dos produtos básicos, revogue a Lei Kandir ou faça um confisco cambial (dólar diferenciado para as exportações). A outra alternativa, única considerada inofensiva à agropecuária, seria dar incentivos fiscais às indústrias.
Na reunião, os produtores novamente se manifestaram contra a Medida Provisória 66. A entrada em vigor da MP 66 representaria um prejuízo ao setor de R$ 12 bilhões, pois o artigo 12 do texto prevê a retenção do Imposto de Renda (IR) no ato da venda do produto. Eles querem ainda a inclusão, na MP 66, de todos os produtos destinados à alimentação no crédito presumido, bem como solicitam a elevação desta alíquota de 70% para 80%.