Mantendo tendência de alta verificada a partir de maio, o Índice de Preços Recebidos pelos Agricultores Paulistas (IPR) fechou a primeira semana de julho de 2002 com avanço de 0,99%.
Além da reversão nas cotações dos produtos de origem animal, que, à exceção do leite, vinham apresentando retração, o resultado foi puxado principalmente pela alta de 31,5% do feijão. O avanço nas cotações do grão ocorre em função de problemas nas colheitas de outros Estados produtores fruto da estiagem prolongada verificada este ano. Outro fato importante é a recuperação da cotação da soja, auxiliada pela forte desvalorização do real e ganho de preço no mercado internacional. Na primeira quadrissemana de julho, a soja teve valorização de 17,1%. Já no primeiro semestre, o produto acumula perda de 0,46%, tendo iniciado a registrar alta a partir de maio. Dos 19 produtos analisados na primeira quadrissemana de julho de 2002, cerca de cinco produtos apresentaram reduções de preço (café, cana-de-açúcar, cebola, milho e tomate) e 11 produtos tiveram acréscimos de preço (amendoim, banana, batata, feijão, soja, trigo, aves, boi gordo, leite, ovos e suíno), sendo que o algodão, arroz e a laranja mantiveram seus preços estáveis. Dos produtos que tiveram quedas elevadas tem-se a cebola, 40% e o tomate, 30%. O milho, que apurava alta de 17,4% no semestre, teve recuo de 3,7%. (Panorama Brasil)