Mercado

Produtores elevam produção de álcool para baixar preço

Os produtores de álcool e açúcar de Mato Grosso vão antecipar a safra da cana-de-açúcar para conseguir cumprir o acordo com o governo federal. Há quinze dias, os usineiros se comprometeram a reduzir o preço do álcool a 60% do valor da gasolina. Isso significaria que o produto deveria chegar mais barato na bomba, isto é, ao consumidor. Mas essa promessa acabou não sendo cumprida e o combustível, pelo contrário, registrou um novo acréscimo. Porém, na quinta-feira passada, o presidente Lula pressionou novamente os usineiros, que se comprometeram de novo a cumprir o prometido.

Pelo combinado com o governo federal, o setor deve produzir este ano 68 milhões de litros de álcool a mais do que na safra anterior. Deste total, 64 milhões devem estar à disposição do mercado até o dia 30 de março. Vamos atingir o fixado, mas, para isso, teremos que antecipar a colheita. A medida resulta em queda na produtividade, em torno de 10% a 15%, explica o presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), Piero Parine.

A meta indicada para os produtores de álcool de todo o Brasil, deve-se a um único fator: caso a produção não seja ampliada, vai faltar álcool no mercado. O assunto, pouco abordado, tanto pelo governo como pela categoria, poderá ficar ainda mais preocupante em caso de guerra. Pois, com a possível explosão do conflito dos EUA contra o Iraque, o reflexo direto é o aumento no preço do petróleo e seus derivados. Com isso, a demanda pelo álcool, que em muitos casos é utilizado como combustível alternativo à gasolina, é ampliada. (Folha do Estado)

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