Plantadores de milho dos Estados Unidos (EUA) têm interesse em aproveitar a expertise do Brasil na produção de etanol a partir do açúcar (cana), mais barato do que o processo de obtenção do biocombustível por meio do milho — este último, procedimento largamente difundido nos EUA.
Para tanto, uma comitiva de produtores esteve ontem no Porto de Santos, como parte de uma missão que ficará no País por dez dias percorrendo desde usinas de açúcar no Interior de São Paulo e Mato Grosso até fábricas na Capital, passando ainda por Brasília e pelo Amazonas. No porto santista eles conheceram o estuário e a localização dos terminais marítimos, além das últimas estatísticas do complexo — o maior exportador de açúcar da America Latina.
“Viemos conhecer a produção e o escoamento pelo Porto de Santos”, explicou o diretor da Illiois Corn Marketing Board, Larry Hasheider. Os estados de Illions, Nebraska e Iowa nos EUA respondem, juntos, por quase 50% da produção de milho dos Estados Unidos. No ano recém-terminado, os EUA produziram 7 bilhões de galões de etanol (26,6 bilhões de litros).
E a tendência é aumentar ainda mais. “Este ano os EUA devem produzir 13 bilhões de galões de etanol (49,4 bilhões de litros) e, em 2012, 20 bilhões de galões (ou 76 bilhões de litros)”, explicou o produtor de milho e outro integrante da entidade, Eric Rund. “O milho se tornou uma fonte alternativa de energia muito importante”, arremata.