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Produtores do setor entregam documento à embaixador dos EUA

Durante sua visita ao país, o embaixador norte americano, Thomas Shannon em companhia do Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, fez questão de conhecer a produção do etanol. Em sua passagem ao interior de São Paulo nesta quarta-feira, sua primeira parada aconteceu na Usina Santa Adélia, de Jaboticabal (SP) onde visitou a área agrícola, experimentou cana, conheceu o Centro de Controle Automatizado da unidade e o processo de moagem. Em seguida participou de uma reunião com cerca de 20 empresários do setor agrícola, entre eles, 10 do segmento sucroenergético que entregaram um documento sobre o trabalho desenvolvido com etanol e com suas solicitações. A principal demanda desses produtores é a redução da taxação do etanol nacional nos Estados Unidos, hoje em US$ 54 por galão. “Essa é uma questão para os congressistas americanos, não para o Executivo”, afirmou Shannon.

Durante a reunião, os empresários comentaram sobre a importância do produto para o país e para o mundo, além da possibilidade de comoditização. “Saio daqui com apreço pela agricultura brasileira. Sei que o etanol é muito importante para o meio ambiente e contribui fortemente como energia alternativa para o mundo. Buscamos com o Brasil, alternativas nos biocombustíveis celulósicos”.

Segundo ele, os empresários do setor sucroenergético cumpriram bem o seu papel ao explicarem sobre a política e a postura do governo brasileiro em relação ao etanol. Quando questionado sobre a produção de etanol de milho e uma possível ameaça à segurança alimentar, o embaixador comentou que os Estados Unidos estão tentando buscar outras formas de produção de etanol a partir de fontes não agrícolas, como a grama.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, comentou que o embaixador é extremamente competente, tem visão de diálogo mas nada foi decidido sobre a taxação. “O encontro foi mais flerte do que um namoro propriamente dito”, disse o ministro ao se referir ao encontro do embaixador com executivos do setor.