Os produtores de cana-de-açúcar apóiam uma possível medida contra as barreiras tarifárias da Argentina frente ao açúcar brasileiro. Mas não são unânimes em definir qual a forma de atuação do governo brasileiro.
Há 10 dias, a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) encaminhou ao governo uma carta solicitando providências quanto às barreiras argentinas. O documento citava que aquele País está infringindo as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e pedia a imediata retomada das negociações para a inserção do açúcar no Mercosul.
“Queremos que as negociações sejam retomadas e entendemos que é um potencial contencioso. Mas preferimos negociar antes”, afirma Elisabeth Serodi, consultora da Unica.
“Se nós compramos o trigo deles, porque eles não podem comprar nosso açúcar?”, questiona Antônio Celso de Andrade, presidente da Federação dos Plantadores de Cana. Ele diz que apóia todas as medidas que foram para melhorar o setor. Já o presidente do Sindaçúcar de Pernambuco, Renato Cunha, uma ação na OMC não seria a medida mais adequada. “As soluções têm que ser dadas no Mercosul, não na OMC”, afirma.