Mercado

Produtor pernambucano estima quebra de 50% na safra 2012/13

img3444

Tema recorrente em debates pelo Brasil, a crise do setor sucroenergético afetou todas as áreas da cadeia de produção, saindo do campo e chegando ao consumidor final. Neste percurso, o discurso praticamente não varia, levando em consideração a falta de apoio do governo, os problemas climáticos e a estabilidade no preço da gasolina.

No nordeste, o segundo ponto acertou em cheio a safra 2012/13. Depois de uma longa estiagem, a previsão não é das melhores e desanima a maioria dos produtores, que com esperança de dias melhores, seguem trabalhando.

“Tenho uma produção de cana-de-açúcar em Itambé (PE), de cerca de 600 hectares. Logo de cara, a redução estimada chega a 50%, algo complicado para nós, que vemos o valor dos insumos subir, questões trabalhistas aparecerem e na hora de colher, não há cana”, afirma Jorge Luiz de Borba Campos, produtor pernambucano.

A cidade em questão está localizada a 90 quilômetros de Recife, integrando a Zona da Mata Norte, um dos pontos mais afetados pela seca.

Para Campos, estes problemas aliados ao descaso do governo em relação ao segmento, fazem com que a produção fique cada vez menor. “Tudo isso tem inviabilizado o setor de cana-de-açúcar”, conclui.