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Produção na UE cresce, mas desemprego também

O crescimento da produção industrial dos doze países que utilizam o euro como moeda se acelerou pelo segundo mês consecutivo em janeiro, após a retração da divisa européia em relação à cotação recorde de dezembro frente ao dólar e ao aumento dos sinais que apontam para uma retomada da atividade na região.

O índice baseado em pesquisa que ouviu cerca de três mil gerentes de compras, realizada pela NTC Research e subiu de 51,4 pontos em dezembro para 51,9 pontos em janeiro, segundo números disponíveis ontem na Internet. Uma leitura acima de 50 pontos indica expansão.

A desvalorização de 4,6% do euro em relação ao dólar, no último mês, ajudou a reduzir o receio a respeito das exportações. A queda dos preços do petróleo e a alta da confiança dos consumidores europeus, que está em seu nível mais alto dos últimos dois anos, sugerem que os gastos dos consumidores da zona do euro podem iniciar uma retomada.

Axel Heitmann, principal executivo da Lanxess, divisão de produtos químicos desmembrada da Bayer, disse ontem prever um crescimento “sólido também na Europa”.

O euro parou de se valorizar e “as empresas parecem estar olhando para o futuro com mais otimismo”, disse Patrick Muhl, chefe do setor de pesquisa de mercado da Siemens Kapitalanlagegesellschaft de Munique.

Desemprego aumentou

Já o desemprego da zona do euro aumentou para 8,9% em dezembro, ante o dado revisado de 8,8% em novembro, mostrando que a região não conseguiu gerar vagas, apesar de um crescimento econômico modesto.

A Eurostat informou ontem ter revisado os dados de novembro e outubro para 8,8%, ante a leitura preliminar de 8,9%. Os números de junho e julho também foram revistos para baixo, para 8,8%.

Segundo a agência, 12,6 milhões de pessoas estavam desempregadas na zona do euro e 19 milhões nos 25 países da UE.

As menores taxas da zona do euro foram registradas na Irlanda (4,3%) e Luxemburgo (4,4%) A maior foi na Espanha (0,4%). Na Alemanha e na França, o desemprego foi de 10% e 9,7%, respectivamente.