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Produção industrial apresenta queda em Pernambuco e Ceará

A produção industrial em Pernambuco vem mantendo um ritmo linear estabilizado em 1,7% de janeiro a setembro nos últimos 12 meses segundo aponta a pesquisa industrial mensal de produção física regional referente ao mês de setembro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, o Estado registrou desaceleração de 1,8% em relação a setembro de 2004, seguindo uma tendência nacional. Oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram queda. No acumulado no ano em Pernambuco, houve avanço em sete dos onze setores industriais investigados.

As principais contribuições positivas vieram de produtos químicos (10,4%), impulsionado pela maior produção de borracha de estireno-butadieno e hipoclorito de cálcio; e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,8%), devido ao aumento na fabricação de pilhas e baterias elétricas. Os impactos negativos foram observados em produtos de metal (-14,0%) e na indústria têxtil (-23,5%), em função dos recuos nos produtos latas de alumínio para embalagem e tecidos de algodão, respectivamente.

No terceiro trimestre de 2005 a indústria local assinalou expansão de 1,4%, resultado superior ao obtido no segundo trimestre. O aumento está relacionado ao maior dinamismo dos segmentos de borracha e plástico, que saíram de uma queda de 25,6% para um acréscimo de 16,0%, de produtos de metal (-28,8% para -3,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,0% para 31,4%).

Em setembro, a indústria pernambucana interrompeu uma seqüência de quatro resultados positivos no indicador mensal, com decréscimo em seis das onze atividades industriais pesquisadas. A principal influência negativa veio de alimentos e bebidas (-10,4%), sobretudo, em função da queda observada em açúcar cristal e refrigerantes. Registra-se retração na produção de álcool (-49,2%) e na metalurgia básica (-5,5%), decorrente da menor fabricação de chapas e tiras de alumínio e de fio-máquina de aço ao carbono. Do lado positivo, destacam-se máquinas, aparelhos e materiais elétricos (46,7%) e borracha e plástico (18,7%), em virtude, respectivamente, do aumento nos itens pilhas e baterias elétricas e filmes de plástico. Além de Pernambuco a pesquisa aponta quedas no Ceará (-12,4%), Santa Catarina (-10,2%), Paraná (-11,6%), Rio Grande do Sul (-2,8%), região Nordeste (-3,2%), Goiás (6,8%) e São Paulo (-1,1%).